Vamos falar de dinheiro (BIM) ?

Bom dia !
Estou aqui conforme prometido. Venho consolidar algumas leituras que fiz estes dias complementado em fundamentação teórica e também prática.
Existem diversas alternativas para melhorar todo o processo do BIM partindo de quem está contratando:

1. É necessário que se faça uma pesquisa no mercado para encontrar perfis de consultores que possuam conhecimentos e especialidades necessárias para que os mesmos organizem os processos e organização hierárquica dentro de determinada empresa. Essa necessidade tem o objetivo de desenvolver um modelo proposto como nos EUA chamado DB (Design - Build) ou simplesmente Projeto-Construção que fornece uma melhor comunicação (principal falha apontada em estudos para projetos no Brasil e no mundo), qualidade, escopo e integração.

Este conceito de organização permite um escopo mais eficiente desde o planejamento (fase quando todos os Stakeholders participam efetivamente de diversas alternativas e projetos pilotos) uma vez que o mesmo fornece requisitos suficientes para mitigar os custos.
No modelo antigo chamado DDB (Design-Bid-Build) os engenheiros e projetistas são contratados individualmente após o planejamento do empreendimento, não podendo participar efetivamente para dar suas opiniões técnicas altamente válidas.

As vantagens desta proposta é que além do ganho de produtividade da equipe, há o engajamento, integração e diminuição dos riscos oriundos de modelos antigos quando existiam a presença de custos incorridos resultantes de desenhos 2D pouco detalhados, incluindo várias NOTAS de omissão nos documentos causado pela insegurança de profissionais que se viam obrigados a se isentar de responsabilidades sobre os valores que eram levantados para estudos orçamentários e encaminhados aos fabricantes e construtores, fazendo com que fossem gerados produtos finais mais pobres em detalhes e confiabilidade.

Hoje no Brasil existem muitas organizações com este tipo de problema.

Esta figura mostra as incoerências em função da integração das equipes e as fronteiras organizacionais típicas, causa de um modelo de distância de comunicação e integração entre os stakeholders conforme mostra o manual do BIM.
O proprietário (construtora ou incorporadora) contrata a arquitetura para elaborar o planejamento, os engenheiros e projetistas são subcontratados e estão abaixo na hierarquia respondendo para arquitetura e empreiteiro. A arquitetura fica responsável por boa parte do projeto e se relaciona com todas as partes.



Com esse modelo modernizado que está sendo empregado no mercado é natural que estas organizações busquem atingir um nível de competência importante para seu pleno funcionamento.

Com a participação dos stakeholders no termo de abertura do projeto fica claro de que o escopo será melhor usado para coletar e definir maior quantidade de requisitos possíveis desde início do estudo, buscando uma melhor alternativa e fazendo com que o projeto executivo tenha menos problemas à serem resolvidos no futuro até a fase de construção, operação e manutenção, conforme acordado no contrato combinado entre o cliente e empreendedor, contribuindo assim para ambos e mantendo um processo padrão de trabalho respeitando as práticas do modelo, economizando tempo e ganhando eficiencia/produtividade.



2. Com um modelo advindo de ferramentas específicas do BIM é possível extrair melhores quantitativos e diminuir os riscos quando os empreendedores e construtoras analisarão o ROI (retorno sobre o investimento) com o objetivo de se utilizarem de recursos necessários para estimar os custos com margens necessárias uma vez que os dados trazem maior confiabilidade, e assim permitindo uma disponibilidade maior de capital e aumentando a linha de contingência para poder usufruir de um projeto/empreendimento financeiramente mais sustentável e mais interessante do ponto de vista dos mesmos, tendo pouca distorção de valores entre o estimado e o real com base no modelo e método usado.



Vejo hoje em dia algumas empresas (inclusive alguns de nossos clientes) implantando esta metodologia aos poucos, sobretudo as médias e emergentes onde "se plantar desde a raiz" tal conceito é um grande negócio em detrimento de grandes empresas onde existem processos engessados e barreiras culturais sendo estas menos suscetíveis à mudanças.
Sem falar de todas as outras exigências governamentais e esforço do mercado tendenciando à tal modelo, temos ainda todas as vantagens de processos de gerenciamento integrados ao objetivo final que é famoso "save money".
Amigos, nos próximos dias trarei mais assuntos para debater/filosofar sobre o tema.
Um abraço à todos e continuem ligados!
Façam seus comentários, sejam eles positivos ou negativos. Apenas demonstrando os pontos de vistas conseguimos discutir e crescer juntos, buscando melhores soluções em nosso setor para o país!

Comentários